Governo remove mais de R$ 1 milhão em anúncios ilegais de bebidas de luxo na internet

Uma operação nacional de fiscalização retirou do ar mais de R$ 1 milhão em anúncios irregulares de bebidas alcoólicas, especialmente whiskys de luxo sem registro de importação ou com fortes indícios de falsificação. A ação, batizada de Ronda Agro Ciber II, foi deflagrada nesta quarta-feira (16) por órgãos do Governo Federal.

A ofensiva foi coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do Programa Vigifronteiras e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), além do Conselho Nacional de Combate à Pirataria.

Mais de 70 marcas sob suspeita

A operação identificou mais de 70 marcas diferentes vendidas de forma irregular em plataformas digitais. O principal problema: a ausência do registro de importação junto ao Mapa, documento obrigatório para comercialização de bebidas estrangeiras no Brasil. Sem esse registro, não há controle sanitário nem garantia de autenticidade.

Entre as irregularidades detectadas estão:

• Produtos sem registro ou importação legal;

• Falsificações com conteúdo de origem desconhecida;

• Risco de contaminação com substâncias como metanol;

• Reutilização de garrafas vazias para fraudes;

• Propagandas enganosas em marketplaces e redes sociais.

Além dos riscos à saúde pública, o comércio clandestino de bebidas provoca concorrência desleal, evasão fiscal e prejuízos a empresas legalmente registradas, que recolhem impostos como II, IPI e ICMS.

Combate digital à pirataria agropecuária

A operação utilizou o sistema “e-Monitora”, parte do Programa de Monitoramento do Trânsito e Comércio Irregular de Produtos Agropecuários. As plataformas digitais foram notificadas, e os anúncios removidos. As próximas fases incluem investigações criminais e punições administrativas aos responsáveis.

Segundo o Mapa, a Ronda Agro Ciber II é parte de uma estratégia contínua para proteger os consumidores, garantir segurança alimentar e combater a pirataria no setor agropecuário.

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